Perdido no Mato
eu rodei por casas e fornos
vendo a fumaça preta subir
velhas fazendo o almoço
café em lata ebulir
feiticeiras negras parteiras
de sonhos na noite sem luz
dormia por noites inteiras
um breu, uma fronha, um capuz
o capuz do saci na cabeça
da dona da casa, varrendo
o chão batido e vermelho
a vida na roça vivendo
cachorro vermelho e o osso
a carne seca no sol
o feijão cozinhando pescoço
pé de galinha, anzol